Expediente de Fim de Ano CRECI/DF
O Conselho Regional de Corretores de Imóveis da 8ª Região – Distrito Federal (CRECI/DF) informa que nos próximos dias 20, 24 e 31 de dezembro de 2019, não haverá expediente no CRECI/DF.
O Conselho Regional de Corretores de Imóveis da 8ª Região – Distrito Federal (CRECI/DF) informa que nos próximos dias 20, 24 e 31 de dezembro de 2019, não haverá expediente no CRECI/DF.
Os Indicadores Imobiliários Nacionais, apurados pela Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC), registraram que, no terceiro trimestre de 2019, o número de lançamentos de imóveis residenciais cresceu 23,9% no País frente ao mesmo período do ano passado. Em relação ao segundo trimestre de 2019, houve alta de 4,1%.
Segundo o levantamento, a região Sudeste lidera a lista de lançamentos com 21.054 unidades habitacionais entre julho e setembro deste ano. Apesar do resultado expressivo, o número representa queda de 4,0% na comparação com o trimestre anterior (21.942 unidades). Em relação ao terceiro trimestre de 2018, a variação é de 49,6%.
Com relação ao número de imóveis comercializados, a pesquisa apontou que houve queda de 4,9% (32.575 unidades) face ao trimestre anterior, quando foram apuradas vendas de 34.270 unidades habitacionais. Entretanto, frente ao terceiro trimestre do ano passado, houve aumento de 15,4%.
Do total de imóveis comercializados no terceiro trimestre de 2019, mais da metade (50,7%) enquadra-se ao programa Minha Casa Minha Vida (MCMV) do Governo Federal. No comparativo entre os terceiros trimestres de 2018 e 2019, a representatividade de imóveis referentes ao MCMV sobre o total de lançamentos dos demais padrões imobiliários passou de 45,9% para 56,9%.
O presidente da CBIC, José Carlos Martins, afirmou que o mercado passa por um grande momento devido à queda das taxas de juros e ao estímulo que tem sido dado ao setor.
“Estamos otimistas, mas alertas ao mercado para baixa renda, provenientes do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS), para que não haja desvio na condução desse dinheiro”, disse.
Fonte: Portal AECWeb
Criado em 2009 com o objetivo de ampliar o acesso à moradia para famílias de baixa renda, o programa “Minha casa, minha vida” vai passar por reformulações. As mudanças ainda estão em estudo por equipes técnicas do governo federal, mas haverá alterações no nome, nas diretrizes e nas faixas de renda existentes hoje. As informações são do Ministério do Desenvolvimento Regional (MDR).
Para a diretora da Credoito, Daisy Viana, é importante que o “Minha casa, minha vida” tenha suas taxas de juros revisadas. Isso porque os juros do crédito imobiliário para financiamentos fora do programa estão em queda e se mostrando mais atraentes para famílias com renda um pouco mais elevada, especialmente aquelas enquadradas na faixa 3 — para a qual os juros nominais são de 8,16% ao ano mais a Taxa Referencial (TR) e não há subsídio para a compra do imóvel. Perguntado se há previsão de baixar os juros do programa, o ministério não respondeu.
O que está em análise pelas equipes técnicas da pasta, do Ministério da Economia, da Casa Civil e da Caixa Econômica Federal é a criação de vouchers — nas modalidades “construção”, “melhoria habitacional” e “aquisição de imóveis novos ou usados” — destinados à população que não tem condições de assumir um financiamento imobiliário.
O novo programa também beneficiará famílias que podem acessar o financiamento, mas precisam de algum apoio do governo. A seleção deve ocorrer por meio de Cadastro Único, e as faixas de renda para esses dois públicos-alvo serão definidas de acordo com as condições socioeconômicas das regiões do Brasil.
De acordo com o Ministério do Desenvolvimento Regional, um dos objetivos da reformulação do “Minha casa, minha vida” é oferecer moradia digna às famílias de baixa renda para sanar problemas habitacionais específicos de determinadas áreas.
Nas regiões metropolitanas e no Sudeste, no Sul e no Centro-Oeste, o gasto excessivo com aluguel tem grande peso — comprometimento de mais de 30% da renda com essa despesa, quando os ganhos não ultrapassam três salários mínimos (R$ 2.994).
Nas regiões Norte e Nordeste, o que preocupa são as construções precárias, improvisadas como domicílio, ou rústicas.
Fonte: Portal extra
Nossa atual gestão tem trabalhado para melhorar nossos processos de forma a sermos mais assertivos no combate à contravenção, bem como, ao cumprimento do Código de Ética por parte do Corretor de Imóveis. Já realizamos várias ações como: iniciativa de convênio com o Ministério Público, Secretaria de Segurança Pública, entre outros. Neste ano já realizamos mais de 2 mil diligências que resultaram em mais de cem autuações por Exercício Ilegal da Profissão, mais de 600 Autos de Infração a Corretores que descumpriram com a legislação, mais de 700 Notificações, entrega de mais de 60 Termos de Representação, frutos de denúncias da sociedade/Corretores contra práticas irregulares de profissionais.
No que pese os números apresentados, estamos com o quadro de fiscais reduzido. Quando deveríamos trabalhar com 15 Fiscais, temos apenas cinco e em determinados momentos contamos somente com quatro, em função de férias obrigatórias, afastamentos por atestados médicos, entre outros. E é uma situação delicada, pois atualmente, não é possível realizar concurso para novas contratações.
Nossos fiscais fazem buscas de irregularidades na internet, em jornais de circulação do DF, realizam operações nas ruas com visitas em stands e falsos escritórios imobiliários.
Além disso, o CRECI/DF mantém constante contato com órgãos da segurança pública que resultam em operações conjuntas dentro de cartórios, em imobiliárias clandestinas e blitz.
Contamos em várias ocasiões, com o apoio dos Corretores que também sãos os fiscais da profissão, que participam denunciando, municiando os agentes fiscais de informações que contribuem para as autuações. Afinal, somos todos partícipes desse sistema e devemos zelar por nossa profissão.
Ou seja, não estamos parados. O combate à prática irregular é árduo, intensa, e que carece de materialidade para que seja realizada. Enquanto órgão fiscalizador, o CRECI/DF trabalha com provas, sem o qual, o trabalho pode ser em vão. Nossos agentes, não podem se abster de realizar a fiscalização respeitando estritamente os ditames da legislação. Não podem autuar sem provas, não podem se passar por clientes no intuito de flagrar uma situação, pois incorrem em descumprimento de lei e respondem por isso.
Dessa forma, estamos abertos a receber os Corretores em uma visita ao Conselho, onde na ocasião poderão conhecer os números alcançados e perceberão o trabalho que tem sido realizado pelo Conselho.
O Índice Geral de Preços – Mercado (IGP-M) desacelerou a 0,40% em julho após mostrar alta de 0,80% em junho, informou a Fundação Getulio Vargas (FGV) nesta terça-feira (30). O resultado ficou aquém da mediana de 0,52% da pesquisa do Projeções Broadcast, cujo intervalo ia de 0,25% a 0,75%.
Com o resultado de julho, o IGP-M acumula alta de 4,79% no ano e de 6,39% em 12 meses, de 6,51% no período finalizado em junho. Esse dado também ficou menor que a mediana de 6,52% (intervalo de 6,22% a 6,78%).
Entre os componentes do indicador, o Índice de Preços ao Produtor Amplo (IPA-M) foi o responsável pelo alívio, indo de 1,16% para 0,40%. O Índice de Preços ao Consumidor (IPC-M) deixou a deflação de 0,07% e passou a subir 0,16%, enquanto o Índice Nacional de Custo da Construção (INCC-M) acelerou o ritmo de alta de 0,44% em junho para 0,91% em julho.
IPAs
O Índice de Preços ao Produtor Amplo (IPA) foi o grande responsável pelo alívio no IGP-M em julho. Dentro do índice, a desaceleração foi geral entre os tipos de produtos e os estágios de produção, à exceção de Bens Finais.
O IPA agropecuário mostrou queda de 0,61% neste mês após alta de 1,04% no mês anterior. Já os itens industriais medidos pelo IPA Industrial arrefeceram de 1,19% para 0,73% no período.
Por estágios de produção, as matérias-primas brutas tiveram forte desaceleração de 4,24% para 2,34%, apesar de ainda manter taxa elevada, por causa do comportamento de minério de ferro (11,76% para 11,34%), de bovinos (-1,30% para 1,33%) e de laranja (-18,63% para -6,43%). Por outro lado, soja em grão (6,30% para -1,36%), leite in natura (1,13% para -6,91%) e cana-de-açúcar (3,72% para -1,13%) aliviaram os preços nessa fase da produção.
Os Bens Intermediários passaram a cair em julho (0,83%) depois de ter inflação de 0,38% no sexto mês. Nesse caso, o destaque foi para o subgrupo materiais e componentes para a manufatura (1,20% para 0,06%).
Já os Bens Finais aceleraram no período, de -0,70% para -0,09%, ainda que tenha permanecido em queda. A principal contribuição, segundo a FGV, foi do subgrupo alimentos in natura, cuja taxa passou de variação negativa de 4,95% para alta de 0,58%.
Fonte: Portal A Tarde
DA REDAÇÃO CRECI/DF
O Conselho Regional de Corretores de Imóveis da 8ª Região – Distrito Federal (CRECI) e o Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (MPDFT) se reuniram na última semana para formalizar um Termo de Cooperação Técnica.
O acordo prevê o fortalecimento das ações realizadas pelo Conselho no combate à contravenção no mercado imobiliário do DF e garantir que os processos tenham celeridade para resolução processual.
“O Ministério Público tem papel fundamental na esfera jurídica do DF e realizar ações em conjunto será um ganho para todos do mercado. O MP irá nos ajudar de forma efetiva para reduzir o número de contraventores” disse o presidente do CRECI/DF, Geraldo Nascimento.
Atualmente, o CRECI/DF comunica e encaminha ao MP todos os processos onde são constatados Exercício Ilegal da Profissão para os devidos procedimentos conforme legislação de contravenção penal.
A Agência de Desenvolvimento do Distrito Federal (Terracap) anunciou um mutirão para desafogar a fila de mais de 10 mil processos que correm na Justiça. As ações são motivadas por conflitos com moradores.
Os encontros começaram nessa segunda-feira (29) e pretendem dar andamento a processos sobre cobrança judicial, além de rescisão ou revisão de contratos que estejam associados a imóveis da Terracap. Ao todo, a força-tarefa quer realizar 300 audiências de conciliação até 8 de agosto.
De acordo com o diretor jurídico da agência, Wesley Bento, “qualquer pessoa que tenha pendências desse tipo pode procurar a empresa para tentar uma negociação”, explica.
Os interessados podem acessar a página do Tribunal de Justiça na internet para ficar por dentro do andamento da causa. A informação está disponível no Setor de Conciliação do TJDFT.
Nesta primeira fase, no entanto, a Terracap fez a seleção dos processos aptos para participar da conciliação. O órgão não divulgou o prazo para abertura de novas vagas.
Os moradores listados vão ser intimados a comparecer na audiência. Em alguns casos, o órgão vai entrar em contato, por telefone, para confirmar presença no julgamento.
Os encontros ocorrem no Centro Judiciário de Solução de Conflitos e Cidadania de Brasília, na sede do Tribunal de Justiça. As dúvidas podem ser tiradas pelo telefone: 3342-1990.
Fonte: Portal G1
O Boletim de Conjuntura Imobiliária, referente ao mês de junho, divulgado pelo Sindicato da Habitação do Distrito Federal (SECOVI/DF) apresenta um recuo de 3,17%, em relação ao mês de maio, no número de imóveis ofertados na região.
Na parte residencial, 71,74% da amostragem é composta por apartamentos (14,14% voltados para a locação e 85,86% para comercialização) e 28,26% são de casas (92,63% ofertadas para comercialização e 7,37% para locação). Quanto à parcela comercial, 47,53% da amostra é composta por salas comerciais (58,28% para comercialização e 41,72% para locação) e 52,47% por lojas (27,49% destinadas à comercialização e 72,51% à locação).
De acordo com a pesquisa, o Índice de Rentabilidade Comercial apresentou seus maiores valores nas lojas de Taguatinga (0,72%), Águas Claras (0,67%) e, também, nas salas na região de Águas Claras (0,63%). Porém, os menores valores foram verificados nas salas do Setor de Indústria (0,33%), Brasília (0,46%) e nas lojas do Setor de Indústria (0,46%).
Seguindo a tendência de meses anteriores, o Índice de Rentabilidade Residencial apresentou seus maiores valores em Águas Claras nas categorias de apartamentos de 1 Dormitório (0,51%), Quitinete (0,48%) e 3 Dormitórios (0,46%). Já, os menores valores foram verificados nas categorias de 3 Dormitórios (0,35%) e 1 Dormitório (0,37%) no Guará, bem como de 3 Dormitórios (0,36%) e 2 dormitórios (0,37%), ambos em Brasília.
Fonte: SECOVI/DF
Da Redação CRECI/DF
O presidente do Conselho Regional de Corretores de Imóveis do Distrito Federal (CRECI/DF), Geraldo Nascimento, esteve presente na primeira Plenária 2019, do Sistema COFECI-CRECI, realizada em Brasília, para o lançamento da Agenda Legislativa dos Corretores de Imóveis, 7ª edição, ano 2019.
O documento traz os projetos de lei, de interesse da categoria, que estão em fase de tramitação no Congresso Nacional, com observações e posições do Sistema a respeito das matérias.
O presidente do Sistema COFECI – CRECI ressalta que o material vai auxiliar tanto os profissionais quanto os parlamentares. “Esta edição representa um acompanhamento de todas as ações do Congresso Nacional em relação a nossa categoria e ao mercado imobiliário. Por isso, é muito importante que todo o Sistema esteja acompanhando isso”, afirmou o presidente do Cofeci, João Teodoro.
Para o presidente do CRECI/DF, o documento é uma base para incentivar o reaquecimento do mercado imobiliário. “Nós Corretores de Imóveis temos o dever e o compromisso com a economia brasileira, com a agenda podemos acrescentar as nossas demandas para colaborar com o cenário nacional” disse Geraldo Nascimento.
Teodoro acrescentou que a força da Agenda este ano é para interagir com o Congresso, quanto ao aperfeiçoamento da Lei de Registro, que é a 6.530/78 “e por óbvio é importante fortalecer a interação com os poderes constituídos, para avançarmos juntos na melhoria do nosso setor, da economia e do Brasil”.
A Agenda Legislativa do Corretor de Imóveis 2019 traz projetos sobre:
31 deputados e 08 senadores receberam em mãos as demandas dos corretores de imóveis, apresentadas no Congresso Nacional. Os parlamentares se comprometeram a serem aliados da categoria.
A inauguração de Brasília, em 21 de abril de 1960, é considerada um marco na história brasileira, tão importante quanto a Independência (1822) ou a Proclamação da República (1889). A criação da capital promoveu o desenvolvimento do interior do país e concentrou o poder político longe dos principais centros urbanos.
Brasília foi erguida no meio do cerrado, em menos de quatro anos, a partir de uma concepção modernista de urbanismo e arquitetura. A cidade foi o ápice do projeto desenvolvimentista do presidente Juscelino Kubitschek de Oliveira (1956-1961), conhecido pelo lema “Cinquenta anos em cinco”.
Mas a ideia da cidade é antiga. José Bonifácio, o Patriarca da Independência, foi o primeiro a sugerir o nome Brasília para a nova capital do país, em 1823. A primeira constituição republicana, de 1891, previa a mudança da capital do Rio de Janeiro para uma região no Planalto Central. Para isso, foi criada a Comissão Exploradora do Planalto Central (1892-1893), liderada pelo astrônomo belga Luiz Cruls – amigo do imperador d. Pedro 2º, então no exílio -, que explorou a região.
Anos depois, em 1954, o governo de Café Filho (1954-1955) nomeou a Comissão de Localização da Nova Capital Federal (1954), comandada pelo marechal José Pessoa, para dar continuidade aos trabalhos. O território que abrigaria a futura capital do país era conhecido como Quadrilátero Cruls, em homenagem a Luiz Cruls. Tinha dimensões de 160 por 90 quilômetros quadrados e situava-se a mil quilômetros de São Paulo e Rio de Janeiro.
A proposta do governo, com a transferência da capital para o cerrado goiano, era explorar as riquezas da região central do país.
Veja vídeo: Como surgiu o traçado da capital do país.
Polêmica O Distrito Federal foi o primeiro passo no sentido de equilibrar as diferenças de um país dividido entre o litoral – populoso, urbanizado e industrializado – e o interior – despovoado, pobre e sem infraestrutura. Junto com a capital surgiram estradas como a Belém-Brasília, importante ligação com a região Norte do país.
Juscelino Kubitschek, o JK, foi alvo de muitas críticas na época, principalmente por parte de políticos do Rio de Janeiro, que temiam perder influência e poder com a transferência da capital, pois a cidade era capital federal desde a implantação da República, em 1889, e foi capital da colônia desde 1763.
Para JK, entretanto, a mudança era também estratégica. O ambiente político da segunda metade dos anos 50 era permeado pela tensão da Guerra Fria (1945-1989). De um lado, havia o receio de os militares darem um golpe – e, de outro, o de estourar uma revolução comunista como a ocorrida em Cuba, em 1959. No ano anterior à eleição de JK, Getúlio Vargas se suicidara no Palácio do Catete (sede do governo, no Rio de Janeiro).
JK esperava cumprir o mandato estando longe das agitações populares e do clima de instabilidade no Rio de Janeiro. O isolamento do poder em Brasília, para alguns especialistas, acabaria contribuindo para formar uma classe política que, distante da pressão popular, estaria mais sujeita à corrupção.
Juscelino defendia a proposta desde 1946, quando era deputado constituinte. E a cidade apareceu como meta de número 31 (a meta-síntese) no Plano de Metas de seu governo.
Foi no primeiro comício como candidato da coligação PSD-PTB, cinco dias após deixar o governo do Estado de Minas Gerais para concorrer à Presidência, que JK fez a promessa de construir Brasília. Era 4 de abril de 1955, no município de Jataí, sertão goiano. Após o discurso, um eleitor perguntou se o candidato mudaria a capital, conforme previsto na Constituição. JK respondeu: “Cumprirei na íntegra a Constituição. Durante o meu quinquênio, farei a mudança da sede do governo e construirei a nova capital”.
Juscelino Kubitschek foi eleito em 3 de outubro 1955, com 33,82% dos votos. Para cumprir a promessa de campanha, escolheu o arquiteto Oscar Niemeyer para projetar as principais edificações da cidade. Niemeyer já era conhecido internacionalmente, e alguns dos projetos arquitetônicos que fez para Brasília tornaram-se símbolos do país, como o Congresso, o Palácio do Planalto, o Palácio da Alvorada e a Catedral.
O segredo da arquitetura de Niemeyer é a sofisticação da obra aliada a um elemento intuitivo, que permite que ela seja apreciada por qualquer pessoa. São soluções criativas que parecem simples – como o desenho dos “pratos” invertidos do Congresso -, mas que são ricas de detalhes.
Para escolher o Projeto Piloto foi realizado um concurso entre 12 e 16 de março de 1957. Foram apresentados 26 projetos. O júri escolheu a planta cujo formato parecia o de um avião, do urbanista e arquiteto Lucio Costa.
Com o projeto em mãos, foi criada uma empresa, a Novacap, e empregado um contingente de 60 mil trabalhadores para a construção. Os operários, a maioria formada por nordestinos, acabaram se fixando na cidade. Eles trabalhavam dia e noite para erguer, no nada, a capital futurista num prazo recorde de 43 meses.
Não se sabe exatamente quanto foi gasto na construção de Brasília. A maior parte das verbas não foi contabilizada em registros bancários ou comprovantes fiscais. O governo também não fez, à época, uma estimativa oficial.
O ex-ministro da Fazenda de Café Filho, Eugênio Gudin, adversário político de JK, estimou os custos em US$ 1,5 bilhão. Em valores atualizados, o orçamento seria de US$ 83 bilhões, seis vezes mais do que o previsto para as Olimpíadas do Rio, a serem realizadas em 2016. Para captar recursos, o governo emitiu mais dinheiro e foram feitos empréstimos no exterior. Isso deixou uma conta salgada para o país, na forma de inflação alta e dívida externa.
A despeito disso, Brasília progrediu. A cidade tinha 140 mil habitantes em 1960 e em 2019 são estimados 3,013 milhões de brasilienses vivendo na capital. Enquanto o PIB (Produto Interno Bruto) do país cresceu, em média, 4,8% entre 1961 e 2000, o Distrito Federal teve aumento de 57,8% no mesmo período.
A combinação de empregos públicos e altos salários faz de Brasília a cidade com o maior PIB per capita do país, R$ 40.696, quase três vezes maior que a média nacional – e superior a São Paulo (R$ 22.667) e Rio de Janeiro (R$ 19.245), de acordo com dados do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).
Juscelino conseguiu cumprir o mandato, mas os presidentes que o sucederam – Jânio Quadros (1961) e João Goulart (1961-1964) – não tiveram a mesma sorte. Em 1964, um golpe militar mergulhou o país numa ditadura que duraria mais de vinte anos.
Eleito senador pelo Estado de Goiás, em 1962, JK teve os direitos políticos cassados dois anos depois. Morreu em 1976, num acidente de carro na via Dutra. Deixou como legado uma utopia modernista concretizada no meio do sertão.
Fonte: Porta UOL