IGP-M desacelera a 0,40% em julho, após 0,80% em junho, revela FGV
O Índice Geral de Preços – Mercado (IGP-M) desacelerou a 0,40% em julho após mostrar alta de 0,80% em junho, informou a Fundação Getulio Vargas (FGV) nesta terça-feira (30). O resultado ficou aquém da mediana de 0,52% da pesquisa do Projeções Broadcast, cujo intervalo ia de 0,25% a 0,75%.
Com o resultado de julho, o IGP-M acumula alta de 4,79% no ano e de 6,39% em 12 meses, de 6,51% no período finalizado em junho. Esse dado também ficou menor que a mediana de 6,52% (intervalo de 6,22% a 6,78%).
Entre os componentes do indicador, o Índice de Preços ao Produtor Amplo (IPA-M) foi o responsável pelo alívio, indo de 1,16% para 0,40%. O Índice de Preços ao Consumidor (IPC-M) deixou a deflação de 0,07% e passou a subir 0,16%, enquanto o Índice Nacional de Custo da Construção (INCC-M) acelerou o ritmo de alta de 0,44% em junho para 0,91% em julho.
IPAs
O Índice de Preços ao Produtor Amplo (IPA) foi o grande responsável pelo alívio no IGP-M em julho. Dentro do índice, a desaceleração foi geral entre os tipos de produtos e os estágios de produção, à exceção de Bens Finais.
O IPA agropecuário mostrou queda de 0,61% neste mês após alta de 1,04% no mês anterior. Já os itens industriais medidos pelo IPA Industrial arrefeceram de 1,19% para 0,73% no período.
Por estágios de produção, as matérias-primas brutas tiveram forte desaceleração de 4,24% para 2,34%, apesar de ainda manter taxa elevada, por causa do comportamento de minério de ferro (11,76% para 11,34%), de bovinos (-1,30% para 1,33%) e de laranja (-18,63% para -6,43%). Por outro lado, soja em grão (6,30% para -1,36%), leite in natura (1,13% para -6,91%) e cana-de-açúcar (3,72% para -1,13%) aliviaram os preços nessa fase da produção.
Os Bens Intermediários passaram a cair em julho (0,83%) depois de ter inflação de 0,38% no sexto mês. Nesse caso, o destaque foi para o subgrupo materiais e componentes para a manufatura (1,20% para 0,06%).
Já os Bens Finais aceleraram no período, de -0,70% para -0,09%, ainda que tenha permanecido em queda. A principal contribuição, segundo a FGV, foi do subgrupo alimentos in natura, cuja taxa passou de variação negativa de 4,95% para alta de 0,58%.
Fonte: Portal A Tarde