covid
O Mercado imobiliário do DF superaquecido em plena pandemia
Fonte: rede Globo.
- Matéria veiculada em 18 de julho de 2020 pelo DF2 da Tv Globo Brasília
- Matéria veiculada em 14 de julho de 2020 no DF1 da Tv Globo Brasília
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Distribuir fake news é como receptar produtos ilegais e repassá-los. Não seja esta pessoa
Por Kátia Cubel
Fake news é uma mentira disfarçada de notícia. Seu conteúdo nunca traz nada de bom, de positivo. Tem como objetivo fomentar opiniões, contundentes de preferência, e incentivar a agressividade para desconstruir o seu alvo. É intencionalmente preparada para provocar reações negativas, julgar pessoas e corroer reputações, conceitos e relacionamentos. Seus principais canais de proliferação são redes sociais e WhatsApp. Produzir fake news é abusar da boa-fé de quem irá recebê-las. É atentar contra o direito de todo cidadão a ter acesso a uma informação fidedigna.
O direito à informação é um preceito constitucional instituído no Brasil em 1988, quando a Carta Magna vigente entrou em vigor. Em nosso país, assim como nas demais nações democráticas, o direito à informação é uma garantia definida em lei, uma segurança ofertada ao cidadão. Pública ou particular, de interesse geral ou restrito, a informação, para assim ser considerada, precisa expressar a realidade.
Enviar para o WhatsApp de um cidadão uma informação mentirosa equivale a lhe entregar um produto falsificado. É uma invasão de sua “casa” digital, para deixar-lhe o resultado de uma fraude. É atentar contra sua boa-fé, para lhe trazer malefícios. Escrever, adaptar ou distribuir fake news é uma metáfora comportamental que equivale a receptar produtos ilegais e repassá-los ao mercado.
Diante de uma informação que lhe cause impacto, distribuída fora dos meios convencionais, que são rádio, TV, plataformas de notícias, jornais e revistas, desconfie! Ao começar a leitura, verifique qual a fonte de informações, o autor e o vocabulário utilizado no texto. Notícias não têm adjetivos, não têm exclamações, interjeições, nem são escritas para induzir o leitor a uma opinião, que nem sempre coincide com sua interpretação original.
A data do fato é muito relevante. Por exemplo: fotos de filas para comprar gás durante a greve dos caminhoneiros foram utilizadas recentemente em grupos de WhatsApp como se retratassem desabastecimento em tempos de Covid-19. Seu uso, com o intuito de gerar pânico, acentuar a insegurança da população e divulgar um problema inexistente caracteriza uma fake news. Os detalhes da imagem foram reveladores: a proximidade entre as pessoas na fila e a falta de máscara dos que aguardavam atendimento deram as pistas para desconstruir a mentira. Também tem sido comum a distribuição de fake news com recomendações falsas contra a Covid-19, atribuídas a médicos que não existem.
Detectar uma fake news é mais fácil do que parece. Pesquise em sites de busca se a informação que você recebeu está referenciada em outras bases de dados. A preocupação em esclarecer se uma informação é ou não fake news já se institucionalizou. Entidades públicas e privadas se dedicam a desfazer dúvidas e enganos e a fomentar o que se chama de educação midiática.
No Poder Público, o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) desenvolveu um programa para coibir a difusão de mentiras que influenciam nos resultados eleitorais. O Instituto Palavra Aberta, entidade do Terceiro Setor, criou o EducaMídia, um programa gratuito, acessível por Internet, para combater informações duvidosas.
A Organização das Nações Unidas e o Ministério da Saúde brasileiro já consideram as fake news uma questão de saúde pública. Não as produza. Não as compartilhe. Averigue antes de passar adiante. Fazer ou promover fake news é mentir. Não faça parte dessa doença.
- Kátia Cubel, jornalista, é diretora de Comunicação e Relacionamento da Engenho Comunicação, mestranda em Neuromarketing, analista de redes sociais e marketing digital, palestrante e instrutora de comunicação. É presidente do Prêmio Engenho de Comunicação – O Dia em que o Jornalista Vira Notícia.
Fonte: Portal Metrópoles
O Mensageiro e a Mensagem
Por Kátia Cubel
Seja na iniciativa privada, no setor público ou no Terceiro Setor, todos nós, profissionais, atuamos dia a dia na construção da imagem que geramos para a opinião pública. Esse conceito é bem definido pelo vernáculo como reputação: o que os outros pensam a nosso respeito. E tem como sinônimos os verbetes estima, renome e fama. Segundo o livro “A Reputação na Velocidade do Pensamento”, escrito pelo meu querido amigo Mário Rosa, “a reputação não garante a escolha, mas a ausência dela pode servir como um passaporte para o descarte”.
Na prática, reputação é credibilidade. Sua construção é uma obra aberta, inconclusa, erguida dia a dia, instante a instante. Requer planejamento e cuidado. Credibilidade e reputação são essenciais para que empresas tenham clientes, políticos conquistem eleitores, ONGs recebam financiamentos, gestores públicos galguem cargos, profissionais alcancem sucesso, nações recebam investimentos externos e órgãos governamentais prestem contas ao seu principal patrocinador, o contribuinte.
Nos tempos recentes, há queixas recorrentes contra jornalistas e veículos de comunicação, atribuindo-lhes equívocos nas informações que veiculam. O foco dos detratores se mantém, em geral, no mensageiro. Com essa atitude, quem consome a notícia observa o dedo de quem aponta, em vez de olhar para a Lua.
Tendência em alta, tal comportamento ofusca o cerne da discussão. Há
preceitos fundamentais para cuidar do seu bem mais precioso perante a opinião pública, que é a sua própria imagem. Comunicação é ciência, é técnica, é ofício para profissionais, e tem pilares e métodos que transcendem o momento.
A receita elementar de uma comunicação sistêmica tem ingredientes fixos: o emissor, a mensagem (que é o fator principal), o receptor, os fatores externos, o contexto e a narrativa predominante. A eficiência de uma comunicação se mede facilmente: a narrativa predominante coincide com o que o emissor queria dizer e informar? Redes sociais e plataformas digitais são as ferramentas, o meio que agrega velocidade e alcance às mensagens produzidas. Amplia a visibilidade de erros e acertos.
Neste dia 03 de maio, em que se celebra em todo o planeta o Dia Mundial da Liberdade de Imprensa, é oportuno salientar que jornalista e profissionais de comunicação não são bonecos de ventríloquo. São profissionais especializados, que se prepararam para analisar dados, convertê-los em informação e, assim, produzir notícias. Há critérios técnicos para isso. E esses critérios difundem a mensagem produzida por um emissor, num determinado contexto, e sob a influência de fatores externos.
No mundo inteiro, a Imprensa é uma instituição reconhecida como de utilidade pública. Integra os pilares da democracia e da cidadania. Fomenta a ética e a transparência. É um instrumento de participação da sociedade em tudo o que lhe diz respeito. Atacar a imprensa pode ser um caminho fácil para quem não se preocupou em se posicionar adequadamente.
Quem precisa de reputação deve lembrar que tem sob seu controle apenas o próprio currículo, a formação acadêmica, o comportamento e a reação que manifesta em cada decisão que adota. Os demais ingredientes não lhe pertencem. E mesmo que a moda atual seja colocar em primeiro plano quem noticia, a reputação caberá sempre ao autor da mensagem, e não ao mensageiro.
Kátia Cubel, jornalista, é diretora de Comunicação e Relacionamento da Engenho Comunicação, mestranda em Neuromarketing, analista de redes sociais e marketing digital, palestrante e instrutora de comunicação. É presidente do Prêmio Engenho de Comunicação – O Dia em que o Jornalista Vira Notícia.
Fonte: Portal O Diário do Poder