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Caixa cria financiamento imobiliário atrelado a IPCA e CDI para pessoa jurídica
A Caixa Econômica Federal anunciou na última quarta-feira (12) novas modalidades de crédito para pessoas jurídicas no setor imobiliário, além da redução dos juros em parte das operações. O objetivo, segundo o banco, é fomentar a construção civil
O banco passará a permitir que empresas do setor possam obter empréstimos usando os indexadores IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo) e CDI (Certificado de Depósito Interbancário).
Segundo a Caixa, as taxas de todas as novas modalidades representam uma redução em relação aos percentuais cobrados hoje (embora, no futuro, os indexadores possam subir e fazer o custo aumentar). As condições entrarão em vigor hoje, segunda-feira (17).
Os novos indexadores estarão disponíveis para dois produtos. O primeiro é o Apoio à Produção (com imóvel ainda na planta), que permite o financiamento do custo total da obra e possibilita aos clientes pessoa física o financiamento para comprar a unidade desde o início da construção do empreendimento.
Outra modalidade é o Plano Empresa, que permite o financiamento de clientes pessoa física a partir da execução de 80% do empreendimento.
As taxas mínimas serão de IPCA mais 3,79% ao ano, CDI mais cupom de 1,48% e 119% do CDI. Já nas operações indexadas à TR (taxa referencial), já existentes, as taxas mínimas baixarão de TR mais 9,25% para TR mais 6,5%.
A Caixa já tinha reduzido ao longo do ano passado as taxas para pessoas físicas. Pedro Guimarães, presidente da Caixa, disse que as medidas, um pedido das construtoras, aquecerão a demanda no setor.
Ele considera o movimento como fundamental para preparar o mercado para um passo seguinte, o da securitização do crédito imobiliário. As condições existentes hoje são consideradas um entrave para a medida pela falta de segurança acerca da TR, que pode mudar de patamar conforme uma “canetada” do governo.
“A TR é uma taxa que ninguém sabe o que vai acontecer. E quando você tenta securitizar pela TR, ninguém compra”, disse. “A partir do momento que pudermos fazer as operações pelo IPCA, temos uma garantia muito mais efetiva para o mercado”, afirmou.
O movimento também é necessário, segundo Guimarães, para que haja um reforço na captação de recursos voltados ao setor imobiliário. A poupança, grande financiadora do setor, tem tido saques recordes nos bancos com a queda da Selic e a consequente menor remuneração.
“Acreditamos que no médio prazo tem que haver fontes de financiamento que vão além da poupança. Pode ser uma securitização. Mas a Caixa vai buscar novas fontes de financiamento além da poupança”, disse.
Guimarães reconhece que o IPCA pode apresentar um novo risco (de inadimplência, por exemplo) devido a sua volatilidade. Mas ele e os demais executivos afirmam que o banco fez simulações de cenário sobre a inflação e as considerou para a formulação das novas modalidades, tornando mais rígidas as condições no fechamento das (como na avaliação de renda da pessoa).
Ele ainda contestou as preocupações em torno do IPCA dizendo que o próprio indexador da TR, existente hoje, já representa um risco para os contratos. “Não vejo, nessas discussões, que a TR também vai aumentar. Se houver descontrole inflacionário, haverá penalização na TR”, disse.
Para o cliente, o risco dessa volatilidade não deve acontecer na modalidade prefixada (que não flutua conforme a variação de indicadores), prevista para ser anunciada pela Caixa na semana que vem. “Você tem riscos na TR, no IPCA e, no caso do pré, o cliente não vai ter esse risco”, disse.
Fonte: Folha/Uol Online
O que mudou no Minha Casa Minha Vida 2019?
O Ministério das Cidades divulgou uma série de normas na edição extra de 31 de dezembro de 2018 do Diário Oficial da União, com modificações nos programas de habitação popular
A principal novidade ocorreu na redução do valor dos subsídios concedidos individualmente na aquisição da casa própria para famílias com renda de até R$ 2.600 do Programa Minha Casa Minha Vida.
Com isso, foi atendido pedido do mercado imobiliário de habitação popular, permitindo que número maior de unidades seja contratado com o mesmo montante global de subsídios.
Desta forma, mais recursos deverão ser destinados a subsidiar a faixa 2 do MCMV, porém com diminuição da faixa 1,5.
A mudança teve como objetivo aumentar a efetividade da distribuição dos recursos para contratações.
Conheça as novas regras financiamento habitacional 2019 com recursos do FGTS.
Faixas de Renda e Taxa de Juros – Minha Casa Minha Vida 2019
Lembramos que o imóvel usado é financiado somente no Programa Carta de Crédito FGTS.
No Programa Minha Casa Minha Vida somente podem ser financiados imóveis novos, conforme a definição abaixo.
Definição de Imóvel Novo
É considerado imóvel novo:
- Imóvel pronto com até 180 dias de habite-se, ou
- Documento equivalente, ou
- Com prazo superior a 180 dias desde que não tenha sido habitado ou alienado.
Teto de Valor de Imóvel e de Subsídio
O governo, também, aumentou o teto do valor dos imóveis, bem como, o valor do subsídio/desconto para alguns recortes territoriais na faixa 1,5.
Nas faixas 2 e 3, os limites foram mantidos.
Os subsídios podem ser obtidos nas faixas 1,5 e 2 dos Programas de habitação popular, onde, também, não é cobrada taxa de administração.
Na faixa 3 não há subsídio e há cobrança de taxa de administração.
FAIXA 1,5
Cabe ressaltar que na faixa 1,5 para garantir o subsídio máximo, de R$ 47.500 a renda familiar mensal tem que ser de até R$ 1.200, e não mais de R$ 1.600.
A partir dessa renda familiar, o desconto no valor do imóvel varia conforme a renda e a localização da unidade habitacional.
FAIXAS 2 e 3
Regras de enquadramento no Minha Casa Minha Vida 2019
➤ Só é permitido aquisição de imóvel residencial novo ou em construção.
➤ É vedada a participação de proponentes pessoas físicas que possuam financiamento concedido nas condições do SFH ou que sejam proprietários ou promitentes compradores ou cessionários de imóvel residencial concluído ou em construção, nas condições abaixo:
- Imóvel localizado em qualquer parte do território nacional financiamento ativo no âmbito do SFH;
- Imóvel localizado no mesmo município do exercício de sua ocupação principal, incluindo os municípios limítrofes e integrantes da mesma região metropolitana e imóvel localizado no município de sua atual residência;
- Imóvel localizado no município onde pretende trabalhar e/ou residir.
➤ Não é permitido nova participação no programa o comprador e imóvel beneficiado:
- Com subsídio concedido pelo FGTS, a partir de 02 MAI 2005, exceto se o financiamento anterior foi Material de Construção;
- Com cobertura de seguro FGHab;
- Beneficiado no PMCMV com ou sem desconto/subsídio.
➤ Não ser titular de direito de aquisição de imóvel residencial urbano, concluído ou em construção, no atual local de domicilio nem onde pretenda fixá-lo, inclusive no PAR.
➤ Na faixa 1,5, os critérios de concessão são:
- Serão considerados, exclusivamente, os contratos de financiamento no âmbito do Programa de Apoio à Produção de Habitações.
- É fixado o limite de 500 (quinhentas) unidades habitacionais por empreendimento.
- Unidades habitacionais deverão ser compostas, no mínimo, por sala, dois quartos, banheiro e cozinha.
- Máximo 50% das unidades habitacionais do empreendimento, limitado a 150unidades habitacionais, poderão ser enquadradas na faixa.
Antes das alterações no Minha Casa Minha Vida 2019, os empreendimentos imobiliários poderiam ter até 100% dos imóveis destinados à faixa 1,5.
Tabela de Municípios
Para saber o valor teto do município onde deseja financiar o imóvel, basta consultar a tabela no site da CAIXA:
http://www.caixa.gov.br opção download, item FGTS – Circulares CAIXA FGTS 2019:
arquivo CIRCEF_851_DIVULGA_RELACAO_MUNICIPIOS.pdf
Regras sobre o Recebimento e Devolução do subsídio (desconto)
Devolução do Subsídio (desconto)
A devolução do subsídio passou a vigorar a partir de Jan/2016, devendo existir clausula contratual específica no contrato de financiamento, válido somente contratos novos.
Nos casos de transferência ou liquidação antecipada do contrato de financiamento, amortização extraordinária ou redução do prazo de amortização, será restituído, pelo mutuário, proporcionalmente, o valor do desconto para fins de pagamento de parte da aquisição ou construção do imóvel (desconto complemento), calculado com a aplicação da fórmula:
R = [(D/60)*P]*F
Onde:
R = valor do desconto a ser restituído;
D = valor do desconto originalmente concedido;
P = número de prestações antecipadas, limitado a 60ª prestação;
F = TR (taxa referencial) acumulada entre a data de assinatura do contrato de financiamento e a data do evento
A restituição do desconto para fins de pagamento de parte da aquisição ou construção do imóvel será aplicada nos 5 (cinco) primeiros anos de vigência do contrato de financiamento.
Fator social para o subsídio
Além da renda, na definição do subsídio também é verificado enquadramento do fator social.
Os valores de descontos estabelecidos e calculados serão reduzidos em 50% nos casos de proponentes que componham família unipessoal.
A família unipessoal é aquela com apenas um participante no financiamento e que não possui dependente.
Antes, eles tinham direito a 70% do subsídio na faixa de renda. Agora, esse percentual passou a ser de apenas 50%.
A composição de renda no Programa Minha Casa Minha Vida afeta diretamente no valor do subsídio a ser recebido.
Essa regra vale quando a renda familiar mensal bruta estiver enquadrada até a faixa 2.
Resumo das situações possíveis:
- Quando se tratar de família unipessoal (composta de uma pessoa sem dependente), o valor do subsídio é de 50% do valor total.
- Quando houver um participante no financiamento, porém houver comprovação de dependente, o valor do subsídio será de 100%.
- Quando houver mais um participante no financiamento, o valor do subsídio será de 100%.
Atenção: Dependente é quem depende financeiramente (exemplo: filho, deficiente, idoso).
A medida evita que compradores solteiros recebam subsídio similar a uma família com vários filhos.
Outra questão importante é que os adquirentes com União Estável terão interesse em financiar em conjunto.
Isso pode minimizar “fraudes” de omissão de informação visando obter subsídio maior, a qual ocorria anteriormente.
Fator Capacidade de pagamento
A mudança também afeta o subsídio para quem não possuir de capacidade de financiamento com comprometimento 30% da renda familiar mensal bruta, em função da análise de risco de crédito pelo banco, sendo o valor cortado proporcionalmente.
O fator não será aplicado ao desconto caso o montante de recursos próprios aportado pelo comprador supere a diferença entre o valor de financiamento solicitado e o valor de financiamento teórico.
Resumo das alterações e novas regras:
- Altera requisitos para enquadramento do mutuário pessoa física.
- Altera o limite de valor de venda ou investimento do imóvel integrante dos recortes territoriais “municípios com população entre 20 e 50 mil habitantes” e “demais municípios”.
- Altera o valor do intervalo da renda familiar mensal bruta e a fórmula do cálculo do desconto.
- Altera o valor do intervalo da renda familiar mensal bruta e exclui da tabela com os valores de desconto por recorte territorial.
- Inclui prazo para os agentes financeiros realizar as alterações.
- Inclui parâmetro para cálculo do desconto para mutuário cuja renda familiar mensal bruta esteja situada no intervalo entre R$ 1.800,01 até R$ 4.000,00.
- Incluem orientações sobre o cálculo referente a capacidade de pagamento aplicados aos valores de desconto.
- Incluem orientações sobre a restituição de desconto no caso de vencimento antecipado da dívida.
- Altera o limite de valor de venda ou investimento do imóvel integrante do recorte territorial “demais municípios”.
- Altera fórmula para concessão de desconto para mutuário cuja renda familiar mensal bruta esteja situada no intervalo entre R$ 1.800,01 a R$ 4.000,00.
- Altera o fator social de 30% para 50%.
- Inclui amortização extraordinária ou redução do prazo de amortização para aplicação da fórmula.
De acordo com a Instrução Normativa 06 de 27/02/19 do Ministério do Desenvolvimento Regional fica facultado celebrar, até 29 de março de 2019, operações de crédito com pessoas físicas para a comercialização de imóveis cuja produção foi contratada no exercício de 2018, nas condições e limites operacionais vigentes até 31 de dezembro de 2018, incluindo o fator social e a capacidade de pagamento.
Fonte: Portal Clik Habitação
Ministro diz que governo federal estuda aluguel social no Minha Casa Minha Vida
O governo federal estuda implantar um “aluguel social”, com tarifa acessível, para beneficiários do Minha Casa Minha Vida, afirmou nesta sexta-feira (24) o ministro do Desenvolvimento Regional, Gustavo Canuto. Ele esteve em Petrolina (PE) com o presidente Jair Bolsonaro para a inauguração de um conjunto habitacional pelo programa.
O aluguel social é uma modalidade na qual o governo paga para uma família manter um imóvel por um período determinado. Prefeituras e governos estaduais mantêm programas do tipo no país atualmente.
Pelas regras de hoje, os beneficiários do Minha Casa Minha Vida compram o apartamento por meio de financiamento, com subsídio de até 90% por parte do governo federal. “Em alguns casos, o aluguel social, a locação social, é o mais apropriado. Em outras, outras, a transferência do imóvel. Mas ainda é uma proposta que está sendo discutida e passará pelo crivo da sociedade, da Caixa Econômica [Federal] e do Ministério da Economia”, disse o ministro. “Não é que vai deixar de entregar casa para a população.”
Ao jornal “O Estado de S.Paulo”, nesta sexta, Canuto afirmou que as mudanças estão em estudo nas linhas de crédito destinadas a atender aos mais pobres, para famílias com renda de até R$ 1.800 (chamada de “faixa 1” no Minha Casa Minha Vida) e de até R$ 2.600 (“faixa 1,5”). Ainda não há detalhes de como o projeto funcionará.
Em Petrolina, Canuto falou na necessidade de o programa ser aperfeiçoado e de ter identificado “falhas”, sem especificar. Na entrevista ao “Estado”, ele disse que uma das falhas é a venda dos apartamentos por beneficiários do programa –a venda é proibida.
O governo federal irá investir R$ 11,6 bilhões em novas contratações para o Minha Casa Minha Vida, ainda segundo Canuto. “Essa história de que o programa parou não existe.”
Procurado, o Ministério do Desenvolvimento Regional informou que a Política Nacional de Habitação está sendo reformulada e que a criação de uma modalidade de aluguel social é uma das possibilidades.
Fonte: Portal G1
Caixa dará desconto de até 90% em dívidas para reabilitar consumidores
A Caixa Econômica Federal pretende iniciar um grande programa de renegociação de crédito para reabilitar consumidores que hoje, devido à inadimplência, estão fora do mercado. A informação é de Pedro Guimarães, presidente da Caixa, que conversou com jornalistas ao chegar para reunião com o ministro da Economia, Paulo Guedes.
Segundo Guimarães, serão oferecidos descontos de 40% a 90% na renegociação. O presidente da Caixa explicou que os valores a serem negociados já foram contabilizados como prejuízo, “ou seja, estão fora do balanço” da instituição.
O banco público espera obter, pelo menos R$ 1 bilhão com programa. Conforme Guimarães, se tudo fosse recuperado, o montante alcançaria R$ 4 bilhões. Porém, tratam-se de valores já considerados perdidos e, portanto, com baixas chances de retornarem aos cofres do banco.
“Trazendo essas pessoas que estão à margem [do mercado de crédito], podemos voltar a oferecer produtos, como consignados, com taxa de 2% a 3%, em vez de 10% ou 20%”, disse Guimarães.
Segundo ele, o alvo do programa são pessoas de menor renda. A estimativa é que possam ser beneficiados até 300 mil pequenas e médias empresas e 2,8 milhões de pessoas físicas com dívidas de até R$ 2 mil.
Setor imobiliário
O presidente da Caixa também anunciou que a instituição pretende fazer mudanças nas linhas de crédito imobiliário, principal carteira da instituição. A ideia, segundo Guimarães, seria oferecer empréstimos com correção pelo IPCA e Price em lugar da taxa referencial (TR).
A mudança traria mais atratividade para o mercado de securitização, em, por exemplo, emissões de certificados de recebíveis imobiliários (CRIs) uma vez que os investidores costumam ser refratários aos contratos corrigidos pela taxa referencial.
“Para securitizar carteira de crédito, só com IPCA ele [mercado] não compra. Mas com IPCA mais alguma coisa, eu consigo vender”, afirmou Guimarães. “Acreditamos que vamos conseguir mais R$ 10 bilhões em carteira de crédito nessa mudança [de indexador nos contratos], com 400 mil pessoas beneficiadas e 46 mil imóveis”, acrescentou. Segundo ele, as mudanças não envolvem o Minha Casa, Minha Vida.
A Caixa anunciou há alguns meses a intenção em vender até R$ 100 bilhões por meio de securitização de crédito imobiliários. A instituição planeja realizar cerca de 40 operações com emissões de CRIs lastreados em sua carteira de financiamentos de propriedades.
Portal: O Valor
Momento é bom para a compra da casa própria, mas é preciso planejar
Apesar da queda na confiança do consumidor, analistas preveem um bom momento para o setor imobiliário. A motivação se deve à estabilidade da inflação. Com o anúncio do Banco Central (BC) de que a taxa Selic está prevista para se manter no patamar de 6,5% até o fim do ano, o comprador pode, finalmente, investir no sonho da casa própria com mais segurança.
Para o consultor financeiro Jônatas Bueno, o investimento deve ser planejado. “Apesar de numericamente as médias históricas revelarem a menor taxa de juros, é uma decisão muito importante que deve levar em conta o compasso de espera do mercado brasileiro.” Ele explica que a cautela é importante por se tratar de uma dívida de longo prazo: “Não é recomendado financiar só pensando nas taxas baixas, pois é uma dívida com potencial de aumento.”
Por isso, Bueno aconselha quem está decidido a comprar a juntar o maior valor possível antes de pensar em um financiamento. “O ideal é acumular capital para conseguir dar uma entrada maior e optar pela maior parcela possível, jamais pensar em pagar o mínimo”, afirma.
O servidor público Anderson Valença, de 31 anos, conta que simulou um financiamento há dois anos, mas preferiu esperar. “Na época, eu analisei várias possibilidades, mas o mínimo valor da parcela que eu consegui ainda era alto. Então eu preferi tentar juntar alguma coisa para poder dar uma entrada maior.”
Condições
É necessário ter em mente as condições de financiamento oferecidas pelos bancos. É possível financiar até 85% do valor do imóvel. O conselho dos especialistas é comprometer no máximo 30% da renda com as prestações. Quanto às taxas de juros, variam entre 8,1% e 8,9% ao ano + TR (taxa referencial). Alguns programas oferecem a opção de financiamento de até 100%, por isso é preciso ficar atento à taxa de juros.
De acordo com Paulo Muniz, presidente da Associação de Empresas do Mercado Imobiliário do Distrito Federal (ADEMI), o financiamento imobiliário é o mais barato do mercado de juros, na faixa de 8% ao ano. Para ele, este é o momento certo para quem sonha em ter a casa própria. “Temos atualmente o melhor índice de velocidade de vendas (IVV) nos meses de janeiro e fevereiro, reflexo da queda de oferta.”
Dados mais recentes do índice de imóveis novos no Distrito Federal indicam que o IVV de unidades residenciais chegou a 8,7% em fevereiro, depois de um bom desempenho em janeiro (7,3%). O IVV para imóveis residenciais novos apresentou o maior percentual de uma série histórica da pesquisa.
Ele avalia o momento favorável tanto para a compra, quanto para a venda. “Há um deficit que leva muitas pessoas a se sujeitarem a morar em construções ilegais, fazendo o mercado legal atingir uma média histórica de ofertas. Brasília tem carência por habitação, então, a tendência é sempre de valorização do imóvel”, conta.
O valor ponderado do metro quadrado privativo dos imóveis residenciais no DF foi cotado a R$ 9.437. Em fevereiro, a Asa Norte registrou o maior valor de oferta: R$ 15.234 (para unidades de 3 quartos), o mais baixo foi ofertado em Santa Maria: R$ 1.908 (para unidades de 1 quarto).
A técnica de enfermagem Ellen Caroline Lopes, de 20 anos, e o marido Bruno Lopes, 33, tiveram que adiar os planos de comprar a casa própria com a surpresa de uma gravidez, “Quando eu descobri que estava grávida, a gente tinha planos de se casar e comprar uma casa, mas, com a bebê a caminho, tivemos que apressar as coisas e acabou que ficamos morando na casa do meu pai.” conta. Hoje, a filha Júlia está com 1 ano e três meses e eles planejam realizar o desejo até o fim deste ano. “Estamos procurando uma casa de três quartos, para eu poder decorar o quarto da neném como eu sempre quis e também pretendemos ter mais filhos mais adiante. Pensando nisso, queremos um lugar para onde a gente possa se mudar já com tudo arrumadinho”, disse.
O presidente do Conselho Regional de Corretores de Imóveis da 8ª Região (CRECI/DF), Geraldo Nascimento, concorda que este é um bom momento para a compra, pois o valor do metro quadrado deve subir. “Os preços ainda estão abaixo da média e quem tem recursos guardados e quer ou precisa adquirir um imóvel, este ainda é o melhor momento. A expectativa do setor é que, no segundo semestre deste ano, o preço do metro quadrado comece a subir, o que vai elevar o valor final do imóvel. Neste momento, o comprador consegue fazer excelentes negócios, obter descontos, melhores formas de entrada e até pagamentos.”
A análise de Nascimento também é sustentada por outro dado: de acordo com os economistas, o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) está previsto para se manter entre 0,30% e 0,40% no mês de maio, depois de uma variação de 0,72% em abril.
Fonte: Correio Braziliense
DF terá aproximadamente 25 lançamentos imobiliários em 2019
Depois de um período de forte retração, por causa de uma das mais severa recessões do país, o mercado imobiliário do Distrito Federal terá, em 2019, o melhor ano, em termos de lançamentos e de vendas de imóveis novos, desde 2014.
Pelo menos 21 incorporadores pretendem tirar projetos da gaveta e lançar cerca de 25 empreendimentos residenciais e comerciais em várias regiões da capital do país. Com isso, o desempenho deste ano deve superar em 53% o total de lançamentos de 2018.
Em termos de Valor Geral de Vendas (VGV), os lançamentos deste ano devem movimentar R$ 2 bilhões. A estimativa de investimento para construir os empreendimentos é de R$ 1,5 bilhão (ao longo de aproximadamente 3 anos).
“O DF tem pela frente alguns anos garantidos de economia bem movimentada. A indústria da construção imobiliária é uma das mais importantes para gerar negócios em várias cadeias produtivas, da indústria aos serviços, no atacado e no varejo”, diz Rogério Oliveira, sócio da imobiliária Quadraimob.
Segundo dados do setor de Inteligência de Mercado da empresa, em 2019, o Plano Piloto voltará a liderar os lançamentos, por causa do Noroeste, bairro que está colado à Asa Norte. A perspectiva é de que, ali, surjam cerca de 20 edifícios residenciais e de uso misto.
“Águas Claras será outra região a receber lançamentos. Praticamente não há oferta de unidades novas e prontas de 2, 3 e 4 quartos no bairro”, afirma Oliveira.
Os principais indicadores do mercado (oferta, preço e velocidade de vendas) são favoráveis e, portanto, reforçam tal projeção. É baixo o volume de unidades em oferta (estoque): são menos de 4.000 unidades residenciais e cerca de 1.000 comerciais. A oferta adequada para regular o mercado da Capital Federal deveria ser de 9.000 unidades.
Também se vê demanda aquecida. As vendas de imóveis residenciais na planta voltaram a acelerar este ano, em razão da baixa oferta de unidades novas prontas para morar. Mais: as vendas de residenciais novos foram cerca de 10% maiores de janeiro a março deste ano em relação ao mesmo período de 2018.
Outro dado importante: o Índice de Velocidade de Vendas (IVV) de imóveis residenciais novos têm observado crescimento contínuo desde 2015, aponta pesquisa das entidades do setor imobiliário local (Ademi-DF e Sinduscon-DF).
Fonte: Correio Braziliense
Abecip: imóveis residenciais tem crescimento em um ano de 0,82%
De acordo com a Associação Brasileira das Entidades de Crédito Imobiliário e Poupança (Abecip) os preços dos imóveis subiram. O índice revela que em março deste ano, o crescimento foi de 0,21%. Esse valor é correspondente ao crescimento em um ano de 0,82%.
A pesquisa foi realizada pela Abecip e a Fundação Getulio Vargas. O índice é conhecido como IGMI-R Abecip. Ele é feito através de bancos que operam empréstimos para casa própria.
Esse resultado de março foi superior ao de fevereiro, que no acumulado em 12 meses, havia crescido 0,68%. Entretanto, em comparação de mesmo período com o ano anterior é revelado uma valorização de 0,71%.
Resultado das dez capitais
O Rio de Janeiro, novamente, apresentou uma queda de 0,32%, este resultado demonstra uma aceleração no ritmo de queda em um ano. Já em Porto Alegre, a variação dos 12 meses ficou praticamente estável, em comparação com os dois meses anteriores.
Em Recife a variação foi positiva garantindo uma desaceleração no ritmo de queda no acumulado de um ano. Em março foi registrado -0,08%, já em fevereiro foi de -0,14%. Desta forma, o indicador fica mais próximo da estabilidade nominal.
Entretanto, as outras capitais como, São Paulo, Curitiba, Goiânia, Belo Horizonte, Fortaleza, Salvador e Brasília tiveram aumento nominais. Ou seja, os imóveis residenciais dessas regiões tiveram um aumento em comparação de mesmo período do ano anterior. Além disso, todas essas, exceto por São Paulo, apresentaram acelerações na comparação dos trimestres sobre trimestres do ano de 2018.
Esta aceleração dos preços não representa um aumento de consumo e investimento dos imóveis residenciais na economia brasileira. Mesmo nos casos onde ocorrem recuperações de valores nominais, a trajetória para a estabilidade dos preços permanece lenta. Portanto, a elevação dos preços do mercado imobiliário residencial, não deverá apresentar uma recuperação nos próximos meses.
Fonte: Portal Sunoresearch