O Mercado imobiliário do DF superaquecido em plena pandemia
Fonte: rede Globo.
- Matéria veiculada em 18 de julho de 2020 pelo DF2 da Tv Globo Brasília
- Matéria veiculada em 14 de julho de 2020 no DF1 da Tv Globo Brasília
PARTE 01
PARTE 02
Fonte: rede Globo.
PARTE 01
PARTE 02
O Sindicato da Habitação do Distrito Federal (SECOVI/DF) divulgou o penúltimo boletim imobiliário do ano de 2019, a amostragem é referente ao mês de outubro e analisou 49.840 unidades de imóveis residenciais e 8.052 comerciais.
Na parte residencial, 68,41% da amostra é composta por apartamentos (14,82% para a locação e 85,18% para comercialização) e 31,59% são de casas (90,18% para comercialização e 9,82% disponíveis para locação).
Quanto à parcela comercial, 66,08% dos dados são de salas comerciais (42,57% para venda e 57,43% para locação) e 32,92% são de lojas (43,08% para comercialização e 56,92 % disponíveis para aluguel).
De acordo com a pesquisa, em setembro, o índice de rentabilidade comercial apresentou seus maiores valores nas categorias de sala (0,80%) e loja (0,77%) em Águas Claras e, também, nas lojas de Taguatinga (0,69%). Os menores valores foram verificados nas salas do Setor de Indústria (0,35%) e em Brasília (0,47%), além da categoria de lojas, também na capital federal (0,53%).
Já, o índice de rentabilidade residencial obteve seus maiores valores nos imóveis de 1 dormitório (0,54%) e quitinete (0,53%) em Águas Claras e de 3 dormitórios no Guará (0,50%). Porém, os menores valores foram registrados nas categorias de 1 dormitório no Guará (0,36%), 3 dormitórios (0,37%) e 2 dormitórios em Brasília (0,38%).
Para o presidente do SECOVI/DF, Ovídio Maia, a nova política de redução de juros com o baixíssimo estoque de imóveis favorecerá a retomada dos lançamentos imobiliários. Isso sem falar da rentabilidade de locação que está nivelada às aplicações financeiras e à valorização do imóvel. “Todos esses fatores somados só comprovam que o setor imobiliário está de volta e, com certeza, esta é a hora de se investir em imóveis”, concluiu.
Confira, em anexo, a íntegra da pesquisa.
Ainda que a maior parte da população não tenha sentido uma melhora significativa na economia do dia a dia, os índices têm se mostrado positivos para as grandes instituições e organizações.
No entanto, com a queda dos juros, cada vez mais pessoas têm a possibilidade de fazer financiamentos e realizar o sonho da casa própria. Com o crédito mais acessível, os consumidores – e as construtoras – podem voltar a buscar novas possibilidades de imóveis.
Seja através do leilão de imóveis ou por meio de um financiamento ou consórcio, a queda da taxa SELIC amplia as possibilidades para que os brasileiros voltem a fazer planos em médio e longo prazo.
Juros e o mercado imobiliário
O mercado imobiliário é o que está mais suscetível às taxas de juros mais baixas. Quando os juros ficam baixos, como acontece desde o início deste semestre, é fácil notar o aquecimento desse setor.
Atualmente, com o grande número de ofertas, o consumidor também passa a ter um poder maior de negociar. Nos casos em que ainda não é possível negociar preços menores, construtoras aceitam outras condições mais facilitadas, como o parcelamento da entrada ou a entrega do imóvel com o piso desejado, por exemplo.
A resposta dos bancos para a queda das taxas de juros, no entanto, não começou positiva. Havia o temor no mercado de que isso pudesse comprometer o lucro das instituições financeiras, que ano após ano vêm batendo recordes de arrecadação.
Por isso, alguns especialistas do mercado acreditam que esse foi o piso para a SELIC, que deverá voltar a crescer, fechando o ano acima dos 6%.
Momento favorável
Mesmo que os juros voltem a subir, até o início de 2020 a expectativa é de que o mercado imobiliário continue sendo privilegiado.
Segundo dados do Sindicato do Mercado Imobiliário (Secovi-SP), entre setembro de 2018 e setembro de 2019, foram vendidos cerca de 40 mil imóveis na cidade de São Paulo. Esse número é 40% maior em relação ao mesmo período de 2017 a 2018.
Os imóveis mais buscados são os apartamentos com dois dormitórios, indicando que o mercado tem ficado aquecido principalmente por famílias que buscam a casa própria.
Esse aquecimento no mercado imobiliário também é importante para o mercado de trabalho formal. De acordo Secretaria de Trabalho do estado, que faz o registro das vagas formais, dos 760 mil postos de trabalho com carteira assinada abertos neste ano, 116 mil foram na construção civil.
Fonte: Portal Planeta Folha