Fazer a reforma de um imóvel, seja para deixá-lo do jeito que os donos sonharam ou valorizá-lo para venda, envolve muito planejamento. Etapas bem definidas antes do início das obras são fundamentais para evitar imprevistos com a estrutura do imóvel, gastos excessivos, atrasos no andamento, entre outras “dores de cabeça”.
Para fazer um bom planejamento, as arquitetas Bruna Duimoulin e Priscila Romero, explicam que é preciso, antes de tudo, estabelecer claramente o que será reformado: quais cômodos e o que gostaria de mudar neles? Apesar de parecer óbvio, é comum as pessoas pedirem modificações no projeto depois que a obra já teve início, o que pode trazer prejuízos financeiros e alterar o tempo de execução.
O segundo passo do planejamento é contratar um profissional qualificado, como um arquiteto ou engenheiro civil. Além de facilitar o gerenciamento de tudo o que envolve a reforma, ter esse respaldo reduz a ocorrência de imprevistos, pois o profissional avaliará diversos aspectos do imóvel, inclusive instalações elétricas e hidráulicas, as condições estruturais e prioridades na execução dos serviços.
“É muito importante ter um profissional qualificado para que a reforma saia de acordo com o planejado e seguindo as normas e padrões vigentes. Ele é quem irá orientar corretamente e elaborar o projeto detalhado do que precisa ser reformado. Tendo um projeto arquitetônico em mãos é possível visualizar o resultado da reforma e assim evitar surpresas ou mesmo atropelos pelo caminho”, explicam as arquitetas.
No caso de grandes reformas, o profissional também pode auxiliar quanto às questões burocráticas, como trâmites de aprovação e solicitação de alvarás. “Prefeituras e condomínios exigem a emissão do Registro de Responsabilidade Técnica (RRT) para garantir que a reforma esteja de acordo com a convenção do condomínio e normas construtivas.”
Bom planejamento deve estabelecer claramente o que será reformado no imóvel — Foto: Bruna Duimoulin/Arquivo pessoal
Orçamento da reforma
Outra etapa importante no planejamento da reforma e que pode virar um enorme problema é o orçamento da obra. Ele contempla os gastos com mão de obra, equipamentos, água, luz, materiais, entre outros. A estimativa errada pode levar até à paralisação da obra. Por isso, o orçamento é definido depois da elaboração do projeto e memorial descritivo, onde constam os métodos construtivos, os serviços e os materiais utilizados, além da quantificação dos materiais.
“Com os detalhes de material e os profissionais certos é possível ter orçamentos mais assertivos. A definição dos materiais feita nessa etapa de projeto também contribui para que o planejamento financeiro da obra não saia do controle”, afirmam.
Outra orientação dada pelas arquitetas para não sair do orçamento é não fazer modificações do projeto durante a obra. Segundo elas, todas as alterações devem ser feitas durante as etapas de projeto. Para evitar as mudanças, pesquisar referências na internet e em lojas é uma boa prática.
“Recomendamos que o cliente responda um checklist pré-projeto e busque referências arquitetônicas e de design. Hoje temos várias ferramentas que funcionam como banco de imagens, o que facilita muito essas buscas”, explicam.
Orçamento da reforma contempla os gastos com mão de obra, equipamentos, água, luz, materiais, entre outros — Foto: Divulgação
Mão de obra e cronograma
Depois de saber exatamente o que será feito, as etapas finais do planejamento consistem em selecionar os profissionais que serão envolvidos na reforma e formatar o cronograma da obra. Para a contratação da mão de obra, Bruna e Priscila orientam a buscar referências e conhecer trabalhos anteriores dos prestadores do serviço. “Estabelecer prazos, tanto de início e fim de obra, quanto para a execução de cada serviço contratado, e monitorar diariamente a execução para que não saia do planejado”, finalizam.
Fonte: Portal G1