São Paulo – Os fundos de investimentos imobiliários, ou FIIs, atingiram no primeiro semestre deste ano a marca inédita de 1 milhão de cotistas, de acordo com dados Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais (Anbima).
É mais que o dobro do que o número de contas no mesmo período do ano passado, quando havia 400,2 mil cotistas com investimentos aplicados em fundos imobiliários.
A captação liquida cresceu 46% entre 2018 e 2019, passando de um total de 10,5 bilhões de reais no acumulado de janeiro a agosto do ano passado para 15,3 bilhões de reais nos mesmos meses deste ano. O dado considera a diferença entre tudo o que foi aportado nesses fundos no período e o que foi resgatado. Atualmente, existem mais de 390 fundos imobiliários no mercado brasileiro.
Juros mais baixos, que afetam os rendimentos de investimentos em renda fixa, está entre as principais razões apontadas pela Anbima para explicar o crescimento no interesse pelos fundos imobiliários.
“Com juros baixos e maior estabilidade político-econômica, os fundos imobiliários encontram um cenário fértil para crescimento e se reforçam como opção de diversificação do portfólio dos investidores”, diz o vice-presidente da entidade, Carlos André. “Isso também se deve à gradual retomada do mercado imobiliário, que usa esses produtos como fonte de recursos, e estimula o crescimento de empregos e do PIB.”
André ressalta, entretanto, que os fundos imobiliários não são investimentos livres de riscos e que isso deve ser levado em consideração pelos investidores. “O investidor deve aplicar em produtos que o ajudem a alcançar seus objetivos, considerando prazo e apetite a risco, e não apenas seguir um movimento do mercado”, disse.
Negociados por meio da bolsa de valores, os fundos imobiliários podem investir tanto em imóveis, como prédios comerciais e galpões industriais, quanto em títulos financeiros do setor, e suas cotas oscilam conforme o mercado. Os ganhos dos cotistas vêm tanto da possível valorização das cotas quanto de pagamentos mensais feitos pelos fundos, equivalentes a uma parcela dos alugueis recebidos pelos espaços dos imóveis em que investem.
Fonte: Portal Exame